Alciane Ayres
alcianeayres.jornalista@gmail.com
Da Redação - Agência Santarém
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Da Redação - Agência Santarém
A
chegada à Vila de Alter do Chão, em Santarém, pela Rodovia Estadual
Everaldo Martins (PA-457) é identificada pela estrutura semelhante ao
símbolo da principal manifestação cultural do Oeste do Pará: o arco do Çairé.
A estrutura de ferro na dimensão de um grande Portal ( 15 metros de
altura por 10 metros de largura) ganhou novo revestimento de tecido, no
fim da tarde de quinta-feira (14).
A Prefeitura de Santarém, por meio da
Secretaria Municipal de Cultura (Semc) trabalhou incansávelmente para
tudo ficar pronto antes deste sábado, dia em que acontece a Busca dos Mastros.
O secretário municipal de cultura, Luis Alberto Figueira destacou o
empenho da equipe de eventos da cultura. "Rapidez da nossa equipe de
eventos em deixar um novo visual na entrada da Vila. Foram quatros dias
de trabalho, desde a desmontagem da estrutura na via, a confecção, o
trançado, o revestimento com novo tecido até erguer a estrutura metálica
renovada", disse o titular da pasta da cultura.
"Semelhante ao colorido do arco original
usado no rito religioso, os nossos artistas, Maelson Rocha e Leonildo
Corrêa utilizaram as cores primarias usadas na técnica artesanal
trançado, o amarelo, azul, branco, verde e vermelho. Foram necessários
25 metros de cetim de cada cor, 40 metros do tecido algodão crú, e 3
galões de cola", explicou o chefe da Divisão de Eventos da Semc, Waldeci
Reis.
Sobre o Arco do Çairé:
É um símbolo em formato de semicírculo. O arco é feito com cipó ou madeira, adornado com fitas e flores coloridas, que simbolizam a fartura de alimentos na região. O arco possui três cruzes centrais, que representam a Santíssima Trindade (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) e uma cruz na parte superior que representa a junção das três pessoas da Santíssima Trindade, em um só Deus.
É um símbolo em formato de semicírculo. O arco é feito com cipó ou madeira, adornado com fitas e flores coloridas, que simbolizam a fartura de alimentos na região. O arco possui três cruzes centrais, que representam a Santíssima Trindade (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) e uma cruz na parte superior que representa a junção das três pessoas da Santíssima Trindade, em um só Deus.
Segundo historiadores, uma das
explicações do símbolo seria criação indígena, da etnia local de Alter
do Chão, a Borari. Os índios Borari eram apaixonados pela lua e pela
terra e respeitavam o arco-íris como verdadeira devoção, pela beleza e
força que o fenômeno representava. O arco do cipó trançado, revestido de
algodão e enfeitado com fitas e flores coloridas, era uma representação
do arco-íris para ser apresentado à lua, entendida como intercessora
junto ao criador (Deus), para levar a ele, suas preces e lhes trazer as
bênçãos divinas.
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