Os brasileiros são contra a criação de
um novo tributo para financiar a saúde, aponta pesquisa da Confederação
Nacional da Indústria (CNI/Ibope) divulgada hoje. Dos entrevistados, 96%
disseram ser contra a proposta, apesar de 95% considerarem que o setor
precisa de investimentos e 61% reprovarem o sistema público de saúde.
Para 85%, não houve avanços no serviço nos últimos três anos. Houve
piora na opinião de 43%.
O entendimento geral é que a saúde tem
recursos, mas precisa melhorar a gestão. O governo obteria mais recursos
para a área se combatesse a corrupção, segundo opinaram 82%. Para 53%, a
prioridade deveria ser combater o desperdício. Apenas 18% acham que
seria necessário transferir mais recursos para o setor.
A criação de uma nova fonte de
financiamento para a saúde é um tema que preocupa o Executivo e o
Congresso Nacional. A presidente Dilma Rousseff não pretende propor um
novo tributo, mas o governo apoiaria uma iniciativa que partisse dos
parlamentares.
Para 63% dos entrevistados, a gestão
poderia melhorar se fosse transferida para a iniciativa privada. A
demora no atendimento foi apontada por 55% como o principal problema da
rede pública. Para 57%, o serviço poderia ser melhorado com a
contratação de mais médicos.
A maioria da população também acha que
políticas preventivas são mais importantes do que a construção de novos
hospitais. Essa é a opinião de 71% das pessoas ouvidas na pesquisa.
De acordo com o levantamento, as pessoas
que têm plano de saúde são minoria: 24%. Os hospitais públicos
receberam nota de 5,7 em uma escala de 0 a 10, enquanto os privados
receberam 8,1. Na pesquisa, foram ouvidas 2.002 pessoas em 141
municípios entre os dias 16 e 20 de setembro. (Agência Estado)
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