Dados divulgados nesta semana pelo Tesouro Nacional mostram que 13 dos 27 estados brasileiros estão em situação financeira ruim. Os números foram obtidos pela nova metodologia de cálculo da Capacidade de Pagamentos dos estados, a Capa, que atribui uma nota de A a D para os estados com maiores chances de pagamento.
O Capag utiliza os seguintes indicadores: endividamento, poupança, corrente e liquidez para oferecer pontuação final de cada estado brasileiro. “De acordo com a combinação da classificação dos três indicadores, sabe-se se o ente está elegível a obter garantia da União na contratação de novos empréstimos”, detalha o Tesouro.
Assim, quem possui nota A ou B é elegível à contratação de garantias em financiamentos. “Um ente bem avaliado pelo tesouro poderá acessar empréstimos com juros mais baixos, por contar com a União como seu garantidor”, explica o órgão. Apenas dois estados ganharam a pontuação A no Capag: Espírito Santo e Pará. Com nota B aparecem Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Maranhão, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e São Paulo, que recebeu essa nota por seu alto endividamento, apesar de bons indicadores de poupança e liquidez.
Com nota C foram listados Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Já Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que enfrentam problemas fiscais, foram classificados com nota D. “Eles possuem alto endividamento e descompasso entre as receitas correntes e despesas correntes. Além de não terem caixa de recursos não vinculados para honrar as obrigações financeiras”. O estado de Minas Gerais não recebeu nota porque, de acordo com o Tesouro, não existem informações sobre a disponibilidade de caixa.
Júnia Garrido/Futura Press
Nenhum comentário:
Postar um comentário