Sandicley Monte foi afastado pelo Conselho, para investigações serem realizadas
Durou cerca de 4 horas a reunião secreta da Assembléia do Conselho Deliberativo do São Raimundo, realizada ontem, que avaliou as últimas denúncias de falta de transparência da diretoria.
Como já havia sido anunciado, a imprensa só teve acesso antes da reunião, e pelo menos 30 conselheiros estiveram debatendo questões como, falta de prestação de contas, desempenho pífio do clube na temporada do Parazão, demandas trabalhistas dos jogadores e a saída de três diretores.
Uma fonte que esteve na reunião informou que o encontro foi presidido pelo presidente Rosinaldo do Vale.
Pela pauta, ele sabia que não seria fácil encarar os conselheiros. Foi, então, que resolveu admitir que errou juntamente com os demais.
A estratégia de desarmar os conselheiros acabou dando certo, mesmo o clima tendo se alterado em algumas ocasiões.
Rosinaldo confessou suas falhas, mas disse que não foi só ele quem cometeu erros.
Disse que não forçou a saída dos dirigentes do clube, Beto Tolentino, Jardel Vasconcelos e Junior Tapajós. “Eles saíram, porque quiseram. Eu não os convenci a sair”. Mas disse que agora não é hora de chorar por tudo o que deixou de ser feto, e sim pensar que estamos às vésperas da estréia do São Raimundo no Campeonato Brasileiro, da Série D, que será no dia 17 de julho.
O quadro de instabilidade no clube pode refletir na partida de estréia conta o Sampaio Corrêa do Maranhão.
Como forma de se justificar, Rosinaldo do Vale citou o caso do Clube do Remo, que tem uma despesa de mais de R$ 300 mil ao mês, e está em situação difícil.
Para Rosinaldo, o maior erro “foi incluir pessoas que não deveria estar no clube”, tendo o cuidado de não mencionar nomes. Ao mesmo tempo em que disse que o Pantera é maior que as pessoas e que por isso vai sobreviver, para a alegria da sua torcida.
Falando em torcida, foi a reunião das torcidas organizadas que apressou a “lavagem da roupa suja”.
O projeto sobre as providências a serem tomadas, foi apresentado em um esboço, e de forma oral, de como o clube pretende levantar os recursos para fazer face às despesas não cumpridas e as inevitáveis daqui em diante, sem o respaldo de alguns mantenedores.
Depois de exaustivas 4 horas de reunião, algumas providências foram tomadas.
Apesar das explanações de Rosinaldo, ficou definido que o dirigente Sandcley Monte vai ficar suspenso, para que as investigações sejam realizadas. O próprio Sandicley foi quem sugeriu esse procedimento, o que foi acatado.
Será feita a reforma estatutária do clube, inclusive adaptando-o ao novo Código Civil. Não tão novo assim, pois no ano que vem o “Novo Código” já vai completar uma década.
Entre outras alterações importantes, o estatuto do clube, a partir da adaptação, vai penalizar “solidariamente” todos os integrantes do clube.
É no mínimo estranho que só agora o assunto encontrou eco.
O fato que pode desviar a atenção foi o anúncio de que o São Raimundo está acessível para participar de um Rai-Fran, no próximo dia 21, como parte das comemorações do aniversário de Santarém à categoria de cidade.
Até lá, diretores e torcida e Conselho, possam superar as demandas e “fumar o cachimbo da paz”.
Por todo o dia de hoje, o presidente Rosinaldo do Vale ficou de dar uma coletiva, para esclarecer o que foi tratado na reunião deliberativa.
Por: Carlos Cruz
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