As frentes pela criação dos Estados do
Tapajós e Carajás reuniram centenas de simpatizantes do ‘Sim’ num salão
da Tuna Luso Brasileira, na manhã do último sábado. Foi o primeiro ato
público e uma espécie de lançamento oficial da campanha pela divisão do
Estado em Belém.
“Essa reunião era impensável antes”,
comemorou o presidente da Frente pró-Carajás, deputado João Salame,
afirmando que isso representa um avanço da campanha do ‘Sim’ na Região
Metropolitana de Belém. Segundo ele, o último censo divulgado pelo IBGE
mostrou que “o Pará é campeão de tudo o que é ruim”. A divisão
significa, na avaliação do deputado, governo mais próximo da população e
mais dinheiro. “Todos os estados que se dividiram têm IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) melhor do que o do Pará”.
O deputado Zequinha Marinho, do PSC, que
participa da coordenação geral da campanha do ‘Sim’, questionou o fato
de se explorar minérios no Pará há 25 anos, mas sem melhoria nos índices
sociais. “Por que está piorando e não melhorando?” Segundo ele, seria
melhor que se mantivessem inexploradas as reservas até que o país
tivesse um projeto de verticalização da produção e melhor distribuição
da riqueza, hoje concentrada em Belém.
O deputado federal Giovanni Queiroz
afirma que os dados oficiais “desmentem” as afirmações do pessoal do
‘Não’. Segundo Queiroz, só o FPE (Fundo de Participação dos Estados) já
garantiria uma arrecadação melhor para os novos Estados semelhante às do
Tocantins e Amapá. Pelas contas das frentes, seriam R$ 1,5 bilhão para
cada um dos novos Estados e R$ 1,6 bilhão para o Pará remanescente.
Isso, na opinião dele, “garante um serviço público de qualidade, sem
considerar os repasses do Fundeb (Educação), SUS (Saúde) e o IPVA”.
Líderes políticos de diversas regiões do
Estado também participaram do evento que empolgou a direção das
frentes. (Diário do Pará)
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