Esta é a estimativa feita por Mônica Pinto, que abre o jogo sobre o escândalo em entrevista exclusiva
ENIZE VIDIGAL
Da RedaçãoA Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) tinha entre 200 a 300 assessores fantasmas na gestão do ex-presidente da Casa, Domingos Juvenil (PMDB), sendo cerca de 70% lotados no Gabinete Civil da Presidência do Poder, ou seja, diretamente submetidos aos desmandos do peemedebista. Sem contar os 700 estagiários, que comumente não eram estudantes e dentre os quais também haviam muitos fantasmas. É o que esclarece a ex-chefe da seção de folha de pagamento da Alepa, Mônica Pinto, que assumiu a direção do Departamento de Gestão de Pessoal a convite de Juvenil, em 2007, cargo em que ficou por dois anos.
Em entrevista exclusiva a O LIBERAL, Mônica Pinto conta parte do que sabe, pois aguarda o término das investigações. Ela evita falar do envolvimento de parlamentares, mas afirma que todos recebiam vale-alimentação ilegalmente e que o benefício era comprado em quantidade 10 vezes superior ao número de funcionários contemplados. Mônica também confirma que teve um relacionamento amoroso com o ex-parlamentar Robson do Nascimento, o Robgol, e que foi ela quem indicou a casa do ex-jogador do Paysandu ao Ministério Público do Estado (MPE), onde foram encontrados R$ 500 mil em dinheiro e R$ 40 mil em vales-alimentação.
Beneficiada pela delação premiada, Mônica Pinto é a principal fonte de informações que levou o MPE e as polícias Civil e Militar a prender quatro servidores e a fazer busca e apreensão de documentos na sede do Legislativo e outros endereços, na última terça-feira, 19. Os desvios na folha de pagamento somavam prejuízos mensais entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão. Os dados são de 2009. Ela não nega que havia irregularidades em gestões anteriores a de Domingos Juvenil, mas ressalta que a presidência do peemedebista na Alepa, de 2007 a 2010, foi marcada por um festival de fraudes jamais visto.
Fonte: O liberal
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