Não será mais permitido falar ao celular ou usar qualquer outro tipo de aparelho de comunicação móvel dentro das agências bancárias em Belém. É o que prevê um projeto de lei aprovado há duas semanas na Câmara Municipal. O que já é norma em diversas cidades do Brasil aguarda apenas a sanção do prefeito Duciomar Costa para entrar em vigor, com prazo de 90 dias para adequação dos estabelecimentos.
Segundo o autor do projeto, vereador Fernando Dourado (DEM), a proibição visa diminuir a ocorrência do conhecido “crime da saidinha”, no qual um bandido, de dentro de uma agência bancária, informa a um comparsa que está do lado de fora as características das pessoas que sacaram dinheiro nos caixas e, até mesmo, a quantia retirada por essas pessoas, que se tornam vítimas de assaltos.
“Se já somos privados de usar celulares em palestras, teatros, igrejas e templos religiosos, por que, em prol de uma maior segurança a todos nós, não evitarmos o uso no interior dos bancos, também?. Além de lutar pela segurança da população, o projeto de lei mostra que a CMB está atualizada junto ao Legislativo nacional”, disse o democrata.
Dentro das agências o projeto é polêmico e levanta opiniões diversas. O militar Raimundo Vieira apoia a decisão e não acredita em prejuízos ao cliente. “Tudo o que vem para dar mais segurança é bem-vindo”. Já a universitária Gabriela Souza critica a restrição geral. “Acho que poderiam investir em mais agentes de segurança, câmeras e até o policiamento na área. Às vezes precisamos usar o celular e ficar impossibilitado pode dificultar o dia a dia”.
Para o Sindicato dos Bancários do Pará, a norma fere a liberdade da população. “Já havíamos nos posicionado de forma contrária porque consideramos uma transferência de responsabilidade dos bancos aos clientes. A intenção pode até ser boa, mas estudos comprovam que há estratégias melhores de coibir o crime”, explica o diretor jurídico do sindicato, Sandro Mattos.
BIOMBOS
Enquanto aguarda o posicionamento do prefeito, o sindicato lembra ainda que antes de aprovarem uma nova lei, é preciso fiscalizar as já existentes. “Os bancos alegam que as adaptações impostas pela lei afetariam o padrão nacional de layout das agências, mas encaramos como má vontade o fato de ainda não terem instalados os biombos, cuja obrigatoriedade vigora desde o ano passado”. Segundo a lei, quem está na fila não poderá enxergar a transação bancária que está sendo feita no caixa ou nos terminais eletrônicos. “A partir de maio realizaremos visitas, junto com a Secretaria Municipal de Economia, nas agências para cobrar o cumprimento da lei”.
Segundo o tenente-coronel Paulo Barata, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, houve uma redução de 60% nos crimes de saidinha bancária na área que corresponde aos bairros do Marco, Pedreira e Souza.
“Intensificamos as abordagens aos veículos que ficam parados em frente às agências, especialmente motos, e pedimos também colaboração dos gerentes e seguranças que trabalham nos bancos para nos avisarem de qualquer comportamento suspeito. Para ele, a proibição de celulares ajudará ainda mais a diminuição destes índices. “Vai ser muito bom para impedir a comunicação e dificultar a ação dos criminosos”. (Diário do Pará)
Segundo o autor do projeto, vereador Fernando Dourado (DEM), a proibição visa diminuir a ocorrência do conhecido “crime da saidinha”, no qual um bandido, de dentro de uma agência bancária, informa a um comparsa que está do lado de fora as características das pessoas que sacaram dinheiro nos caixas e, até mesmo, a quantia retirada por essas pessoas, que se tornam vítimas de assaltos.
“Se já somos privados de usar celulares em palestras, teatros, igrejas e templos religiosos, por que, em prol de uma maior segurança a todos nós, não evitarmos o uso no interior dos bancos, também?. Além de lutar pela segurança da população, o projeto de lei mostra que a CMB está atualizada junto ao Legislativo nacional”, disse o democrata.
Dentro das agências o projeto é polêmico e levanta opiniões diversas. O militar Raimundo Vieira apoia a decisão e não acredita em prejuízos ao cliente. “Tudo o que vem para dar mais segurança é bem-vindo”. Já a universitária Gabriela Souza critica a restrição geral. “Acho que poderiam investir em mais agentes de segurança, câmeras e até o policiamento na área. Às vezes precisamos usar o celular e ficar impossibilitado pode dificultar o dia a dia”.
Para o Sindicato dos Bancários do Pará, a norma fere a liberdade da população. “Já havíamos nos posicionado de forma contrária porque consideramos uma transferência de responsabilidade dos bancos aos clientes. A intenção pode até ser boa, mas estudos comprovam que há estratégias melhores de coibir o crime”, explica o diretor jurídico do sindicato, Sandro Mattos.
BIOMBOS
Enquanto aguarda o posicionamento do prefeito, o sindicato lembra ainda que antes de aprovarem uma nova lei, é preciso fiscalizar as já existentes. “Os bancos alegam que as adaptações impostas pela lei afetariam o padrão nacional de layout das agências, mas encaramos como má vontade o fato de ainda não terem instalados os biombos, cuja obrigatoriedade vigora desde o ano passado”. Segundo a lei, quem está na fila não poderá enxergar a transação bancária que está sendo feita no caixa ou nos terminais eletrônicos. “A partir de maio realizaremos visitas, junto com a Secretaria Municipal de Economia, nas agências para cobrar o cumprimento da lei”.
Segundo o tenente-coronel Paulo Barata, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, houve uma redução de 60% nos crimes de saidinha bancária na área que corresponde aos bairros do Marco, Pedreira e Souza.
“Intensificamos as abordagens aos veículos que ficam parados em frente às agências, especialmente motos, e pedimos também colaboração dos gerentes e seguranças que trabalham nos bancos para nos avisarem de qualquer comportamento suspeito. Para ele, a proibição de celulares ajudará ainda mais a diminuição destes índices. “Vai ser muito bom para impedir a comunicação e dificultar a ação dos criminosos”. (Diário do Pará)
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